Os bancos estaduais brasileiros foram criados para fortalecer o desenvolvimento de suas regiões, porém o Programa de Incentivo de Redução do Setor Público Estadual na Atividade Bancária - PROES, lançado em 1996, viabilizou a liquidação extrajudicial e a privatização da maioria dos bancos estaduais, restando atualmente apenas os dos Estados do Pará, Sergipe, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e do Distrito Federal. Neste sentido, o presente estudo tem por objetivo geral demonstrar a situação econômico-financeira dos cinco bancos estaduais em atividade no país, no ano de 2014. E possui como objetivos específicos verificar qual dessas instituições apresentaram os melhores índices de solvência e liquidez; capital e risco; e rentabilidade e lucratividade. Para isso, utilizou-se um referencial teórico abordando o funcionamento do sistema bancário brasileiro, a caracterização dos bancos estaduais analisados, bem como as técnicas de análise econômico-financeira utilizadas no segmento bancário. O método utilizado foi um estudo de caso múltiplo, sendo classificada quanto aos objetivos de maneira exploratória, descritiva e comparativa, já sua abordagem teve caráter quantitativo e qualitativo. Os principais resultados demonstram que há instituições em lados opostos, sobretudo no que tange aos resultados e objetivos, tendo determinados bancos apresentado possíveis traços de banco privado, devido sua agressividade e altas taxas de crescimento e rentabilidade, assim como há instituição que aparentemente se preocupa apenas em cumprir o seu papel social como banco público sem grandes ambições, tornando-se em suma, uma instituição com elevado risco de privatização se considerado casos semelhantes na história recente do sistema bancário brasileiro.