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O presente estudo teve como objetivo discutir, a partir de uma visão crítica, os possíveis impactos do fenômeno da terceirização para a vida laboral da classe-que-vive-do-trabalho, especificamente trabalhadores terceirizados e não terceirizados (servidores) que realizam atividades em uma Instituição Federal de Ensino Superior (IFES). Abordou-se a terceirização a partir de três contextos – administrativo, jurídico e social. No quesito metodologia, realizou-se um estudo qualitativo com coleta de dados através de entrevistas de história de vida e tratamento dos dados a partir da análise crítica do discurso (ACD). Os resultados apontaram que os terceirizados sofrem com jornadas de trabalho mais longas, salários menores, maior instabilidade no trabalho, isolamento sindical, falta de incentivos institucionais, dentre outros. O estudo permitiu concluir o quanto os caminhos desses trabalhadores, paralelos na origem, tenderam a uma divergência em desfavor dos trabalhadores terceirizados durante o ciclo laboral, tornando esse novo proletariado de serviços um “precarizado-que-vive-do-trabalho”.